quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Texto - Perfil orkut

♥1♥m♥ê♥s♥ já se passou, nada ainda se resolveu ou se revelou...

Só a VERDADE liberta

Qdo eu me meto em enrascadas eu grito:

DANNY.........HELPPPPPPPPP :-p

Nossa história:

1976 - Vc pediu, eu falei sim e cedi.
Vc quis que eu fosse embora, eu não lutei e fui.

1981 - Vc pediu, eu falei sim e cedi.
Eu quis que vc fosse embora, vc não lutou e foi.

1989 - Vc pediu, eu falei sim e cedi.
Vc quis que eu fosse embora, eu não lutei e fui.

2007 - Vc pediu, eu falei sim e cedi.
E agora? Quem vai lutar por nós?

Eu é que não. Vou brincar de outra coisa, isso já cansou. Fique aí vc com seu mundinho e sua falta de percepção de seus próprios sentimentos....fui! :-( com o coração destruído...mas fuiiiiiiiiiii! :-)

LF, amigo querido, essa eu raptei do seu perfil... mto boa!!! ;-)

"Então você acha que eu, euzinha, vou deixar de amar ou levar abraços ou escrever uma cartinha colorida ou dar um presente e ligar no meio do nada ou amarrar nesta árvore um laço de fita ou esconder poemas em sua casa ou desenhar um mapa na minha barriga ou plantar um girassol na janela porque você já não me ama mais?

E o que tenho eu a ver com isso, se você já não me ama mais?

O amor que lhe dou não é seu, está antes para alegrar o mundo, para ver a sementeira empurrar os grãozinhos de terra e mostrar as petúnias. O amor que lhe dou pertence antes às petúnias e às begônias, ao desenho das nuvens voando ligeiras, aos sorrisos que espalho aos transeuntes, às folhas dos livros, às conversas delicadas e aos gestos de carinho.

O amor que lhe dou nem a mim pertence mais. "

Rita Apoena

sábado, 11 de agosto de 2007

Parte I

São Paulo, 04 de Agosto de 2007 (3 mês depois)

Decorridos 32 anos, essa será provavelmente a última coisa que lhe escrevo. Escrevi muito durante esses anos todos, grande parte para você, alguma coisa para outros que fizeram por merecer, até mais do que você, e mais alguns supostamente para uns e secretamente para você, e na verdade todos para mim mesma. Assim como o imenso amor que eu acreditei que você sentisse por mim, todos esses escritos se perderam no tempo.
Estranho ter que resolver colocar (ou tentar colocar) um definitivo ponto final na nossa história. Penso ser uma boa maneira de colocar um fim em algo infinito jogar tudo para fora de mim. Por escrito, para não ficar nenhuma dúvida. Eu não tinha a real compreensão de todo o contexto até muito pouco tempo e talvez não tenha até acabar de escrever. Acumular a descoberta de que – sim, ainda sinto a mesma coisa por você mesmo passados tantos anos – com a cruel realidade de ter que abrir mão mais uma vez é alucinante, causticante, totalmente desgastante. Dá vontade de sair correndo e se perder na vida...Mas, será que não é exatamente isso que estou fazendo desde novembro de 1976?
Mas a história começa um pouco antes, em março de 1975. Não me lembro mais qual foi a nossa primeira conversa. Lembro-me de você na sala de aula sentado ao meu lado. Lembro-me de você pedir para me levar pra casa logo nas primeiras semanas de aula. Lembro-me de ir pra casa lhe respondendo:
– Não, Pedro, você não pode me levar pra casa. Estou indo com o Daniel, você não está vendo?
- Ah, deixa-me carregar seu material então?
- Se é o que você quer...
E assim foi, você passou a ser meu carregador oficial de material. Um mês depois começaram os pedidos de namoro e mais uma leva de “nãos” da minha parte. Por mais que eu tente, não consigo imaginar outro motivo para as minhas negativas além do fato de já então àquela época meu coração saber de coisas que nem hoje compreendo por completo. Isso tudo sem contar com o fato de que eu namorava outra pessoa, e acreditava gostar dela. Não tinha idéia ainda do que era essa coisa de amor. Eu era apenas uma menininha começando a descobrir o mundo, a vida, meu corpo, para quem namorar não ia além de longos beijos e alguns filmes. “Trocar” ele por você me cheirava a trocar “seis por meia dúzia”, nem desconfiava que beijos, sensações e sentimentos poderiam ser diferentes de pessoa pra pessoa. Acreditava que se já estava com alguém ao meu lado não fazia sentido mudar.
Hoje eu sei que o seu caminho é promover mudanças, provocar furacões que tiram tudo do rumo e mudam a direção das coisas. Ainda bem que só sei disso hoje. Se soubesse antes, teria fugido ainda mais de você e isso teria sido um erro gigantesco, muito maior do que todos os que você acredita que cometemos. Eu tenho necessidade constante de mudanças, é a minha motivação. Mas a menina por quem você um dia se apaixonou não sabia disso. Ela era vibrante, intensa, totalmente confiante no futuro, ainda achava que era ela quem mudava a vida e fazia as coisas acontecerem por sua própria vontade. Não desconfiava nem de longe que estava muito perto de morrer pela primeira vez.
No verão de 1976, tendo eu mesmo já mudado algumas coisas como, por exemplo, agora não ter mais namorado, a inocente menininha resolve mudar o disco e o “não” virou um “sim, sim, sim quero ser sua namorada” e o meu verdadeiro primeiro beijo aconteceu, ao som de “Champagne, per brindare un amore”, no dia 02 de março, na casa da nossa amiga Marina, com direito à platéia e um coro de “até que enfim... hahaha” dos presentes no final. E a primeira mudança veio como um sopro de paz. Nossa! Como era completamente diferente de tudo que eu já tinha sentido antes, ah então era isso q as pessoas falavam sobre ter borboletas no estomago? Eu queria mais, mais e mais, não queria ter que desgrudar minha boca da sua nunca mais.
E assim, pouco a pouco, dia a dia, cada vez uma parte maior de nossos corpos foi se tocando, se conhecendo, se descobrindo, até que um dia você entrou em mim e eles se fundiram. Ao se separarem, nossas células se perderam e não sabiam mais onde ficar, se misturaram e formaram dois novos seres. Eu, com certeza, nunca mais fui a mesma pessoa e isso não é no sentido físico, logicamente. E você? Nunca soube como foi pra você...
A menina, embora agora fisicamente mulher, ainda era apenas uma menina, continuava sem saber nada da vida mesmo sendo “vivida”. Não sabia que as diferenças entre meninos e meninas iam muito além do corpo. Não sabia ainda que o “pra sempre” sempre acaba. Ainda era apenas aquela menina por quem você um dia se apaixonou, vibrante, intensa, confiante no futuro. E o futuro era você. Mas o futuro só durou 8 meses, 14 dias e algumas horas.
Com o som das palavras sussurradas nos momentos de amor intenso – vou te amar pra sempre! Quero que você seja minha mulher, a mãe dos meus filhos, juntos nos vamos conhecer o mundo e fazer coisas incríveis – ainda ecoando em seus ouvidos, sentada em uma escada fria em um quente dia de primavera, cheia de saudades depois da breve separação de alguns dias por conta de um feriado, lotada de beijos e caricias acumuladas, a doce menina morre pela primeira vez. O seu amado não a amava mais. Não queria mais passar as tardes em sua companhia, não queria mais seus beijos nem suas carícias, não queria mais que ela fosse sua mulher, não queria mais nada com ela, nem sua amizade. De onde vinham todas aquelas coisas que você me falava se não era do seu coração? Para onde ia a menina agora? Bom, ela não foi pra lugar nenhum, ela ficou ali na escada petrificada. Esperando que tudo fosse apenas um pesadelo e que você voltasse pra buscá-la. Afinal não tinha sido para ficar com ela que você tinha batalhado tanto?